A Etiópia é a simbiose perfeita de cultura e natureza, com uma diversidade diretamente proporcional ao seu encanto. Provavelmente o país com maior diversidade do continente Africano, a Etiópia brinda-nos com paisagens de desfiladeiros e vulcões, montanhas e desertos, savanas e planaltos. Sendo um dos poucos países Africanos que não foi colonizado pelos Europeus, a sua identidade cultural mantém-se autêntica, nativa e incólume. Tanto que este acaba por ser, para a maioria, o ponto alto das viagens à Etiópia: as celebrações culturais, os mercados, os rituais tribais.
É apelidada por muitos como o Berço do Mundo, visto ser na Etiópia que encontramos os mais antigos vestígios do homo sapiens e locais de culto ativos que já vinham descritos no Antigo Testamento. A natureza em “modo bruto” também nos levam numa viagem para conhecer a maravilha da força e forma da Mãe Natureza, com tudo a que isso nos acrescenta e subtrai.
Aqui deixo-te algumas respostas às perguntas mais frequentes dos viajantes, para que possas começar a preparar a tua viagem sem preocupações!

QUEM PREPAROU ESTA VIAGEM?
As viagens disponíveis neste site são resultado de anos de preparação no terreno, quer de expedições com grupos anteriores, quer com outros projetos realizados no local e viagens de reconhecimento, num trabalho conjunto entre mim e as equipas que assistem no local.
A viagem de 2023 será a minha primeira visita à Etiópia, pelo que a edição deste ano é vendida como “Exploração” – contudo, é feita em conjunto com parceiros, fixers e outros profissionais locais, garantindo assim a autenticidade desta viagem.
VOOS
As datas de início das viagens que vês no site são já no destino, por isso deverás ter em consideração voos que chegam ao destino final antes da data de início do itinerário.
Verificar com atenção os limites (dimensões e peso) das tuas bagagens de porão e de mão.
É recomendado que se faça sempre a reserva dos voos internacionais diretamente com a Ethiopian Airlines, já que isso influencia os valores dos voos domésticos (50% de desconto).
É PRECISO VISTO?
Sim, é preciso visto para visitar a Etiópia. O visto deverá ser feito online em https://www.evisa.gov.et/visa, e tem um custo de 82 USD (para 30 dias).
Aqui fica a lista da documentação necessária para o pedido de visto:
- Preenchimento do formulário de aplicação do visto online.
- Passaporte com validade de 6 meses após a data da viagem e com duas páginas livres.
- Cópia digitalizada do passaporte.
- 1 foto tipo passe com fundo branco digitalizada.
- Endereço da estadia na Etiópia (ser-te-á enviada esta informação duas semanas antes do início da viagem).
QUE TIPO DE BAGAGEM DEVO LEVAR?
Nesta viagem é importante que uses apenas mochilas, e não trolleys / malas de viagem. Deves trazer duas mochilas: uma pequena, que deverá ser grande o suficiente para levar os teus pertences pessoais (cantil com água, camera fotográfica, snacks, documentos, etc), e que deverá ser impermeável, leve e adequada para caminhadas.
Exemplo: uma mochila de 15l a 26l como mochila pequena, e uma mochila de 36l a 45l como mochila grande.
Quando a viagem está confirmada, irás receber o manual do viajante personalizado a esta viagem específica, com dicas e indicações de como fazeres a mochila, o que levar, peso, etc.
ROUPA E CALÇADO
Mesmo que o itinerário não inclua trekking ou caminhadas, prepara-te para andar. Não há nenhum lugar na Etiópia que seja acessível somente com o carro. Mesmo os caminhos e passeios são desnivelados e com calhau. Se o teu itinerário inclui trekking nas Montanhas Simien, Montanhas Bale ou idêntico, leva roupa mais quente e impermeável. Nota geral para toda a Etiópia é vestires-te com modéstia para caíres nas boas graças das pessoas que irás conhecer ao longo da viagem.
- Casaco impermeável, leve e respirável;
- Roupa fina / leve e confortável, de secagem rápida e adequada às temperaturas, sempre de manga comprida / calça comprida (por causa do frio e por causa dos mosquitos)
- Fato de banho (podem surgir alojamentos com piscina)
- Sapatilhas de trekking adequadas a caminhadas longas, impermeáveis e respiráveis;
- Sandálias de trekking ou semelhante;
- Chinelos (adequados ao banho, se necessário).
DINHEIRO OU CARTÃO?
A moeda oficial na Etiópia é o birr etíope, e neste momento 1€ = 50,23 Br (birr etíope – Br, ETB ou ብር ). Podes acompanhar o fator de conversão mais atualizado em www.xe.com.
Quando viajares para a Etiópia, o ideal será trazeres contigo alguns dólares ou euros, e um cartão para fazer levantamentos nos ATM. A forma mais económica e prática é um cartão pré-pago, tipo Revolut.
COMUNICAÇÕES
O indicativo internacional da Etiópia é o +251. Algumas das operadoras portuguesas funcionam em roaming mas a preços bastante elevados, pelo que é aconselhável informares-te sobre os tarifários e condições do teu tarifário antes de ativares o roaming.
É possível (e recomendável) comprar um cartão SIM local. Há apenas uma operadora móvel na Etiópia – a Ethio Telecom. O cartão SIM custa 30Br (0,51€), e os planos de dados custam, por exemplo, 450Br (7,58€) com 8Gbs por 1 mês, ou 836Br (14.07€) com dados ilimitados por 2 semanas.
COMO É A COMIDA?

Uma das melhores coisas da Etiópia é sem dúvida a gastronomia! A cor, apresentação e textura saltam à vista, e como os olhos também comem a gastronomia etíope destaca-se mesmo antes de a saborearmos. É muitas vezes comparada à cozinha indiana, pelo uso de intrinsecas combinações de especiarias e caril.
Podemos resumir a comida tradicional a três componentes: vegetais, carnes e injera (pão). A comida é normalmente picante. O pão faz, como noutros países, a vez dos talheres – servimo-nos dele para enrolar transportar a comida do prato até à boca, sempre com a mão direita apenas. A técnica de levar o comer à boca com o pão favorece o palato, pois o pão absorve os sabores do molho e do caril, e naquela curta viagem desde o prato as papilas gustativas saboreiam em antecipação.
E SE EU TIVER ALGUMA DIETA / RESTRIÇÃO ALIMENTAR?
É importante que nos informes atempadamente caso tenhas alguma dieta ou restrição alimentar específica, principalmente se desta resultarem algumas reações. Tentamos o nosso melhor para satisfazer as tuas necessidades – há, no entanto, que estar consciente que por uma questão de falta de recursos estas alternativas podem ser mais limitadas.
DEVEREI INFORMAR SE TIVER ALGUMA CONDICIONANTE FÍSICA OU ALGUMA DOENÇA CRÓNICA?
É fundamental que nos informes para saber se poderão haver alguns restringimentos e como poderemos adaptar de forma a que tenhas a melhor experiência possível.
QUAIS PODEM SER OS MAIORES DESAFIOS DESTA VIAGEM?
Não sendo uma viagem com atividades intensas, há alguns pontos que podem ser desafiantes, nomeadamente o choque cultural, os cuidados com os mosquitos e, para alguns, a altitude e as diferenças de temperaturas. Com vários pontos acima dos 2500m de altitude, algumas pessoas já começam a mostrar sinais de cansaço e dores de cabeça, principalmente quem costuma estar a maior parte do ano ao nível do mar.
Como viajantes privilegiados não nos podemos esquecer que a Etiópia é um dos países mais pobres do mundo. A falta de água potável e de saúde para a população (principalmente fora das cidades) pode causar algum impacto ou desconforto. Não nos podemos esquecer de como podemos contribuir para um turismo sustentável, ambiental e culturalmente: pagar de forma justa / deixar gorjeta a quem nos presta serviços e comunicar com respeito com os locais.
O QUE DEVO LEVAR NA MINHA MOCHILA?
Além da lista de roupa e calçado referida anteriormente, leva também um bloco de notas para os teus apontamentos em viagem, baterias para a tua câmara fotográfica, uma ficha tripla para poderes carregar várias coisas ao mesmo tempo (as tomadas são iguais às de Portugal), toalha de secagem rápida, medicação crónica e uma farmácia do viajante básica, e claro, boa disposição e espírito de aventura!
- Proteção solar (creme 50+ / chapéu / óculos polarizados)
- Medicação crónica, farmácia do viajante e repelente de insetos.
- Uma ficha tripla ou extensão
- Cartões de memória e baterias para a tua câmara fotográfica
- Lanterna frontal
- Cantil para a água
- Venda para os olhos e tampões para os ouvidos
- Aloquete para a bagagem
- Papel higiénico e toalhitas biodegradáveis
- Produtos de higiene pessoal, de preferência amigos do ambiente;
E não te esqueças
- Do teu passaporte (com validade superior a 6 meses e 2 páginas em branco)
- Cópia do teu Boletim de vacinas com a vacina da Febre Amarela (basta imprimires a versão digital inglesa que encontras na tua área de saúde no Portal do SNS.
- Cópia da apólice do seguro de viagem
- Guardar as cópias digitais no teu email ou alojamento online.
METEOROLOGIA
Por causa da altitude, as temperaturas raramente ultrapassam os 25ºC nas terras altas, acima de 2500m de altitude. Temperaturas noturnas abaixo dos 10ºC são comuns, especialmente entre Outubro e Fevereiro. Alguns alojamentos e acampamentos em altitude mais elevadas podem sofrer algumas geadas severas.
Em áreas de menor altitude (abaixo dos 2000m – Lago Tana, Parque Nacional Awash, Vale do Omo ou Vale do Rift em geral) pode ficar consideravelmente mais calor, com um clima mais tropical a atingir temperaturas a rondar os 30ºC de dia e 20ºC à noite. Excepcional é a Depressão de Danakil, com temperaturas “infernais” onde os picos diurnos podem facilmente atingir 50ºC e as noites permanecem quentes a não baixar dos 35ºC.
COMO SÃO FEITAS AS VIAGENS DENTRO DO ITINERÁRIO?
Durante toda a viagem as deslocações serão feitas em Land Rovers privados (só para o grupo) e voos domésticos. A Etiópia tem uma boa rede de voos domésticos e um registo impecável na aviação. Dada a geografia do país, voar é uma excelente alternativa para poupar tempo e rentabilizar o tempo de viagem.
COMO SÃO OS ALOJAMENTOS NA ETIÓPIA?

Os alojamentos são variados, desde confortáveis hotéis a bungalows na natureza, com possibilidade de algumas noites de campismo selvagem. Todos têm casas-de-banho privativas e incluem pequeno-almoço, à excepção do campismo, claro 🙂 Os quartos são twin ou triplo, single no caso de teres reservado suplemento. Por uma questão de conforto, sugerimos que tragas um lençol individual para o saco-cama, para quando tiveres necessidade de maior conforto térmico nas dormidas ou até mesmo por gosto pessoal.
COMO SÃO OS WC?
Todos os alojamentos têm WC privado.
HÁBITOS CULTURAIS – O QUE É OU NÃO ACEITE?
Como em qualquer país é necessário ter boas maneiras para ficar nas boas graças do povo local. Nunca é demais relembrar que respeitar um povo e as suas leis não significa necessariamente que concordemos com elas!
A Etiópia é um país multicultural e multiétnico. A religião é uma grande influência na vida etíope. Quase metade da população pertence à Igreja Ortodoxa Etíope, mas também existe uma grande população muçulmana. Outros aderem a uma antiga forma de judaísmo.
A Igreja Ortodoxa Etíope orgulha-se das suas origens, e domina a vida política, cultural e social da população. Os muçulmanos são importantes na comunidade empresarial.
A família alargada continua a ser o foco do sistema social. Inclui familiares de ambos os lados da família, bem como amigos próximos. É normal os pais ficarem a viver com os filhos quando estes casam. O reconhecimento / estatuto social também vem através da família, e as necessidades familiares sobrepõem-se às laborais.
- A forma mais comum de saudação é um aperto de mão com contato visual direto. O aperto de mão é geralmente muito mais leve do que nas culturas ocidentais.
- Após o estabelecimento de um relacionamento pessoal próximo, pessoas do mesmo género podem-se cumprimentar com três beijos nas bochechas.
- Os homens devem sempre esperar para ver se uma mulher estende a mão.
- Saudações nunca devem ser apressadas. Reserva tempo para fazeres perguntas sobre a família, saúde, trabalho, etc.
- As pessoas são tratadas com seu título honorífico e primeiro nome. ‘Ato’, ‘Woizero’ e ‘Woizrity’ são usados para te dirigires a um homem (ato), uma mulher casada (woizero) e uma mulher solteira (woizrity), por exemplo.
- Os idosos devem ser cumprimentados primeiro. É costume fazer uma reverência quando apresentado a alguém que é obviamente mais velho ou que ocupa uma posição mais elevada. Verás as crianças fazerem isso frequentemente.
Se surgir o convite para ires à casa de alguém, leva doces, frutas ou flores para o anfitrião. Um pequeno presente para as crianças é sempre apreciado. A maioria dos muçulmanos e dos amáricos não bebe alcóol, por isso evita levar bebidas alcoólicas como presente. Os presentes são dados com as duas mãos ou apenas com a mão direita; nunca a mão esquerda. Eles nunca abrem os presentes, apenas na tua ausência, por isso não aches estranho se não o fizerem. Dado que a Etiópia é um país extremamente pobre, presentes caros não são a norma. Na verdade, oferecer um presente muito caro pode ser visto como uma tentativa de angariar influência ou pode constranger o destinatário, uma vez que não terá capacidade de retribuir.
Um convite para uma casa particular deve ser considerado uma honra.
- Provavelmente terás que te descalçar antes de entrar na casa de alguém.
- Cumprimenta cada pessoa individualmente com um aperto de mão.
- A mulher deve se oferecer para ajudar a anfitriã no preparo ou na limpeza após o serviço da refeição.
- Vão-te dar uma chávena de café – é considerado falta de educação recusar.
- Os etíopes são relativamente formais e acreditam que os modos à mesa são um sinal de respeito.
- Não assumas que porque a comida é comida com as mãos, falta decoro.
- Espera que uma pequena jarra de barro ou metal seja trazida à mesa antes de a refeição ser servida. Estende as mãos sobre a bacia enquanto a água é derramada sobre elas.
- Usa apenas a mão direita para comer.
- A hierarquia determina que a pessoa mais velha seja a primeira a retirar a comida do prato comunitário.
- Os convidados são frequentemente servidos com petiscos saborosos por outro convidado num gesto chamado de gursa: com as mãos, a pessoa coloca um pedaço de comida (normalmente injera – o pão) na boca da outra pessoa. Como isso é feito por respeito, é uma boa ideia sorrir e aceitar a oferta.
- Abundância de comida é um sinal de hospitalidade – provavelmente vais ser convidado a repetir ou comer mais.
- A refeição termina com ritual de lavagem das mãos e café.

O café é uma bebida nacional e seu consumo é um processo ritualizado que geralmente leva pelo menos uma hora. Aqui ficam os 10 passos deste ritual formal:
- Irás-te sentar em almofadas, na relva ou no chão coberto de flores com um incenso a queimar ao fundo.
- Uma mulher ou uma criança entram na sala para lavar e assar o os grãos de café no carvão.
- Os grãos torrados são então moídos à mão e adicionados à água a ferver.
- O açúcar é colocado em pequenas chávenas sem pegas e acrescenta-se a mistura água/café.
- Inspira o aroma do café antes de o beberes.
- A primeira rodada (chamada abol) é servida, começando sempre pelo mais velho.
- Terminada a primeira chávena, a jebena (cafeteira) é reabastecida com água.
- A segunda rodada (chamada tona) é então servida. É mais fraco que o primeiro porque são usados os mesmos grãos moídos.
- A terceira rodada (chamada baraka) é servida depois que mais água quente é novamente adicionada à jebena.
- Bebe sempre o café lentamente.
COMO FAÇO SE QUISER PROLONGAR A MINHA ESTADIA NA ETIÓPIA OU ATÉ PAÍSES VIZINHOS?
Se quiseres estender a tua viagem, agenda uma reunião online gratuita (neste link) para te poder ajudar a organizar a continuação da tua viagem.
ESTOU A VIAJAR SOZINHO – DEVO MARCAR COM SUPLEMENTO SINGLE?
Quando viajas sozinho connosco, não tens que reservar com suplemento single! Irás sempre partilhar o teu alojamento com colegas do grupo.
RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL
Ao longo da tua viagem vais estar em permanente contacto com a natureza e animais selvagens pelo que são necessárias precauções acrescidas de modo a minimizares o teu impacto nesta. Ficam aqui algumas recomendações que esperamos que sigas à risca!
- O saneamento aqui não é (de todo) espectacular, por isso pedimos-te cuidado extra nos produtos que usas, e no lixo que produzes. Privilegia o uso de produtos de higiene que sejam biodegradáveis e amigos do ambiente.
- Nunca deitem papel higiénico, pensos, tampões, fio-dental, ou nada, para as sanitas! Usem SEMPRE o caixote do lixo.
- Às senhoras sugerimos ainda o uso de copo ou cueca menstrual ao invés dos convencionais meios de higiene descartáveis, que são altamente poluentes e pouco práticos nestas viagens.
PARA LER, VER E OUVIR
Há imensas coisas que se pode aprender sobre um país através da sua literatura, música, cinema ou outra qualquer arte. Aqui, deixamos-te algumas sugestões:
MINI-SÉRIE | The Great Rift, 2010
O Grande Vale do Rift na Etiópia foi criado quando as placas tectónicas africana e árabe se separaram há cerca de 35 milhões de anos. Esta série investiga as forças que criaram a fenda e concentra-se na paisagem e na vida selvagem deste sítio espectacular que iremos explorar na nossa viagem.
LIVRO | Chains of Heaven, 2006
Philip Marsden regressa ao remoto, com uma paisagem fortemente bela que exerceu sobre ele um poderoso apelo mítico desde seu primeiro encontro há mais de vinte anos. A Etiópia criou nele a convicção de que existe um propósito mais amplo para a nossa vida. De compreender o mundo. Procurar a sua diversidade, para celebrar os seus heróis e as suas maravilhas – para testemunhar isso. Quando Philip Marsden foi pela primeira vez à Etiópia em 1982, mudou o rumo da sua vida. O que ele viu de sua impressionante antiguidade, seu cristianismo cru, seus extremos de brutalidade e graça despertaram sua curiosidade e fez dele um escritor. Mas a Etiópia naquela época foi dilacerada por uma guerra civil. O norte, o antigo coração do país, foi fechado vinte anos depois. Marsden voltou, e o resultado é este livro.
LIVRO | In Search of Sheba 2023
Em 1959, Barbara Toy, famosa pelas suas viagens no Norte da África e na Arábia, partiu no seu icónico Land Rover, para viajar a solo da Líbia até à Etiópia. Sozinha, atravessou o deserto do Sahara e as florestas equatoriais do Congo, antes de ascender às terras altas do império de Haile Selassie. As suas viagens pela Etiópia levaram-na da moderna Addis Abeba às antigas ruínas de Axum, passando por zonas rurais dominadas por bandidos até ao cume.
LIVRO | Sheba: Through the Desert in Search of the Legendary Queen, 2007
Nesta emocionante aventura arqueológica, Nicholas Clapp procura a verdade por trás da lenda da Rainha de Sabá. Desde que ela entrou na corte do rei Salomão, há três mil anos, a sua história foi contada e recontada, muitas vezes sendo diluída, alterada e retrabalhada ao longo do caminho. Em uma missão para coletar pistas sobre o mistério de Sabá, Clapp viaja para a Etiópia, Iêmen, Israel e até mesmo para uma vila na França. Usando a tecnologia mais recente, incluindo imagens de satélite e algumas descobertas arqueológicas recentes, ele reúne os factos por detrás do mito multifacetado de Sabá.
MINI-SÉRIE | In Search of Myths and Heroes – The Queen of Sheba, 2005
A história da Rainha de Sabá aparece em textos religiosos sagrados para judeus, cristãos e muçulmanos. Descrita na Bíblia simplesmente como uma Rainha do Oriente, os estudiosos modernos acreditam que ela veio do Reino de Axum na Etiópia ou do Reino de Sheba no Iémen. Na história original, ela traz uma caravana de presentes valiosos para o Rei Salomão de Israel, com vários fardos de incenso. Ambos os países – Etiópia e Iémen – reivindicam a Raínha de Sabá como sendo deles. Dado que estão separados por apenas 25 quilómetros de água, ambos podem estar certos, visto que para os historiadores contemporâneos, a Etiópia e o Iémen seriam então o reino de Sabá.